terça-feira, 4 de outubro de 2011

Pausa para o desabafo.

Em meio a reações de adição nucleofílica, decidi vir aqui, depois de 9 meses (eu poderia ter tido um filho nesse período de ausência), pra falar sobre um assunto que está comigo há duas semanas e 3 dias, exatamente.
Estava tentanto achar algum jeito de expressar (ou seria liberar?) o que eu estou sentido, então, veio-me a resposta: meu velho caderno virtual.
Estou sentido tanta coisa ao mesmo tempo. Paixão, amor, saudade, felicidade. E isso tudo, e muito mais, envolve somente uma pessoa.
O centro de tudo é o que me chama a atenção. Nada mais. Qualquer coisa que esteja ao redor dele não faz sentido e não tem valor. Queria eu poder colocá-lo ao meu lado o dia inteiro, nas 7 24 horas da semana e todos os dias do mês.
Palavras bonitas não me vêm. Eu simplesmente estou te amando.

sábado, 8 de janeiro de 2011

Missão.

Imagine por um momento que não dependesse de ninguém.
Que não dependesse da moça que limpa o teu quarto, ou o teu corredor.
Se não dependesse daquele homem uniformizado na esquina da tua casa, conferindo uma segurança social por quem passa por ali.
Pense no dia em que não fosse necessário pilotos, motoritas, cobradores de ônibus, taxistas.
Imagine quando pudermos falarmos o que quisermos, sem sermos repreendidos pelas nossas ideias.
Seria mágico o dia em que todos não dependessem de outrém para aprenderem o que é certo e errado. Aprender que o amor é a chave pra quase tudo e que a amizade é a porta pra quase todas as portas da vida.
Aprender sozinho que amigos são as coisas mais importantes que temos.
Se não dependessemos de ninguém pra nos locomovermos daqui pra lá. De Porto Alegre até Salvador. De Santa Maria até Londres.

Onde quero chegar com tudo isso?
Mostrar a minha indignação em, infelizmente, aceitar que não dependo apenas de mim para ir lá e dar uma continuação mais emocionante ao que ando escrevendo aqui. Indignação em depender da mãe, do pai, da companhia área, da polícia federal.
Gostaria de simplesmente desejar estar lá. E num segundo momento, estar.

Estar ao teu lado e não contentar-se com isso.

Reformulando: imagine por um momento que dependesse somente de você e dele.

segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

Sonho [2]

Não consegui resistir à tentação e tive de vir escrever o que sonhei noite passada, tema do post abaixo. Então lá vou eu:
"Eu estava numa procura incessante por ela. Tudo o que eu queria era poder achá-la, a qualquer custo. Corri pelas ruas vazias, olhanda a cada loja ou casa ou beco que passava. Nada parecia me levar a algum lugar. Nada naquela estranha e cinzenta rua me indicava alguma pista de onde aquela tão importante mulher poderia estar. Prédio altos me desafiavam, como se dissessem para eu subí-los e procurar por ela lá. Não subi. Continuei a andar, cansado de correr, e então encontro uma loja aberta. Muito bem iluminada. As paredes e as prateleiras brancas contrastavam com a depressiva coloração do lado de fora. Entrei sem pestanejar. Lá dentro, percebi um movimento em direção à porta que dava acesso aos fundos. Eu conhecia aquela pessoa. Aquele homem que correu era-me estranhamente familiar. Não totalmente devido aos negros óculos que pousavam sobre sua face. Gritei. Não consegui conter-me ao ver um rosto conhecido que poderia me ajudar a achá-la. Chamei mais e mais. Ele voltou. Não conseguia ver seus olhos e isso me encomodava demais. O que apenas via era seus cabelos em caracol e sua pele branca. Perguntei sobre a menina, nada me respondeu. Perguntei se lembrava quem eu era, e eu vi aqueles cachos mexerem-se em sentido de afirmação. Então, como se houvesse esquecido da menina desaparecida e da procura que me deixava louco, perguntei o porquê me ignorava. Continuei sendo ignorado. Nada entendia e via meu tempo sendo jogado pelo ralo naquela loja grandiosamente iluminada. Virei-me para sair, mas senti a pesada mão no meu ombro. Aquele que estava fresco ainda na minha memória de meses atrás já mostrava seus olhos. Lindos olhos. E estendia para mim um papel, com uma carta que, a primeira vista não fazia sentido algum. A única coisa que fazia realmente alguim sentido era o meu nome escrito ao final. Li mais uma vez o conteúdo e olhei incrédulo para ele. O menino dos olhos claros pegou-me o papel da mão e com uma caneta que estava em seu bolso, rabisou algo e entregou-me de volta. Sem entender, li novamente e não percebi diferença. Com exceção da palavra "amor" escrita ao lado do meu nome. Ví-me sem teto, sem chão, sem paredes. Sem nada. A rua continuava cinzenta mas o interior daquela loja parecia estar mais iluminado do que antes. Olhei quase às lágrimas para ele e percebi a mesma reação. Sem pensar, beijei-o e realizei aquilo que não havia feito antes. Logo, me vi caminhando com as minhas mãos entrelaçadas à dele pela rua cinzenta, entrando nos becos. Crianças jogavam bola na rua. Nada era perceptível, apenas o calor daquela mão e daquele coração que batia por uma só razão. A palavra escrita ao lado do meu nome."

Sonho.

Essa noite tive um sonho que realmente me fez com que tentasse dormir novamente pra voltar a sonhar. (não consegui)
Aquele que estava comigo não era aquele que eu esperava que estivesse, mas sim aquele que eu já esperei que fosse. Quando acordado, não conseguia tirar da minha cabeça a extrema felicidade que emanava de mim enquanto eu lia aquilo que há tanto esperava ler. E senti o que sempre quis sentir.
Com certeza um filme, um livro ou uma cena de novela caberiam exatamente no que aconteceu.

Aconteceu. Foi um sonho.
Posso eu torná-lo realidade?
Absolutamente. Só depende daquele que eu esperava que escrevesse.

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Incógnita.

Já não sei mais se o que sinto é verdadeiramente amor ou se é apenas uma necessidade inquietante de estar com alguém, de sentir-me perto de alguém.
Essa incógnita me aperta tanto que me faz espalhar-me por tudo e por todos. Desejo tudo e todos, ao mesmo tempo, esperando encontrar aquele pelo qual o sentimento seja realmente verdadeiro.

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Je suis

Celui qui n'arrête jamais de sourire, n'arrête jamais de rêver.
C'est moi.

Henrique Herrera